A recente revelação de Vanderlei Luxemburgo em entrevista ao ex-jogador Muller, em suas redes sociais, agitou os bastidores do Santos Futebol Clube. O técnico, com um histórico vitorioso no Peixe, revelou ter sido convidado por Marcelo Teixeira, atual presidente, para assumir o comando técnico do time.
No entanto, a negociação não avançou devido a uma condição imposta por Luxemburgo: ele só aceitaria o cargo se tivesse o controle total do departamento de futebol. Em suas palavras, ele queria “ser o técnico e responsável por todo o departamento de futebol, me dedicar 24 horas, para fazer o que tem que ser feito”.
Essa exigência, que demonstra o desejo do técnico em ter uma autonomia ampla para reestruturar o clube, esbarrou na negativa de Pedro Martins, que na época ocupava o cargo de CEO do clube. A recusa de Martins em ceder o controle do departamento de futebol a Luxemburgo foi o principal motivo para que a negociação não fosse concretizada.
O Fator Pedro Martins: Gestão ou Barreira?
A decisão de Pedro Martins, que hoje não está mais no clube, de não aceitar a condição de Luxemburgo, levanta um debate importante sobre o modelo de gestão do Santos. A atuação de um CEO, um executivo contratado para gerir o futebol, é um modelo cada vez mais comum no esporte. No entanto, a exigência de Luxemburgo de ter um controle total sobre o departamento de futebol, algo que vai além da figura tradicional de um técnico, entra em choque com a estrutura de gestão que o Santos buscava na época.
Enquanto a diretoria de Marcelo Teixeira buscava um modelo de gestão mais profissionalizado com a presença de um CEO, Luxemburgo defendia um modelo mais centralizado, onde o treinador tem total controle das decisões relacionadas ao futebol. Esse impasse estratégico foi decisivo para o fracasso das negociações.
O Futuro do Santos e o Luxemburgo
A entrevista de Luxemburgo, mesmo que se referindo a um evento passado, ainda ressoa no cenário atual do Santos. O clube, que vive um momento delicado, busca um caminho para se reerguer. A condição imposta por Luxemburgo, de ter autonomia total para reestruturar o futebol, levanta a questão: um técnico com poder total seria a solução para os problemas do Santos? Ou a aposta em um modelo de gestão profissionalizada, com um CEO à frente do departamento, ainda é o caminho mais seguro?
A discussão continua aberta e o futuro do Santos, mais uma vez, se mostra em meio a incertezas e debates sobre o modelo de gestão ideal.
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